Brejos isolam bicudinhos

Bicudinho-do-brejo-paulista: divergência genética grande entre populações
Descrito oficialmente no final de 2013, o
bicudinho-do-brejo-paulista (Formicivora paludicola)
ocorre em apenas 15 brejos perto das nascentes dos rios Tietê e Paraíba do Sul,
no entorno da Região Metropolitana de São Paulo. Um estudo coordenado por
pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade
Estadual Paulista (Unesp), campus de
Botucatu, com bicudinhos provenientes dos três brejos mais importantes indica
que a população de cada região apresenta níveis de estruturação e diferenciação
genética só antes encontrados em grupos isolados de aves que habitam os topos
de montanhas na África (PLoS One, 8 de
outubro). Cada população vive em um brejo distante cerca de 60 quilômetros dos
outros dois e parece apresentar um elevado grau de adaptação às condições
locais. Por isso os autores do trabalho recomendam não transferir exemplares de
uma localidade para outra. O artigo também traz um dado relativamente otimista
sobre a espécie que desde sua descoberta se sabe criticamente ameaçada de
extinção: a população total pode chegar a 600 aves, o dobro da inicialmente
estimada.
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