sexta-feira, 15 de agosto de 2014


Endemismo / Extinção


Vários são os locais onde se encontram espécies endêmicas e o risco de perdê-las se torna ainda maior devido ao seu restrito habitat ou sua limitada adaptação a outros locais. As pesquisas nas diversas ilhas do planeta sejam na Oceania, América Central, Pacífico, África ou qualquer outra conta a história de como o homem vem destruindo seu habitat por gerações e exterminando espécies. No livro O Terceiro Chipanzé de Jared Diamond o autor narra o dramático encontro do homem com as espécies que habitavam a ilha de Nova Zelândia. O mais conhecido é o extermínio da ave gigante e herbívora moa, no entanto os fósseis revelam no mínimo mais 18 espécies extintas de aves antes da chegada dos europeus a esta ilha. Dentre as aves havia uma águia colossal de 14 quilos e capaz de voar. Parece coisa de filme de ficção. Esta ave foi a mais poderosa ave de rapina do mundo e fazia parecer um pintinho nossos atuais gaviões e falcões. As demais aves extintas eram pelicanos, cisnes, corvos gigantes entre outras. Outros fósseis de animais endêmicos foram encontrados tais como: sapos, outras aves canoras que não voavam, caramujos gigantes, estranhos morcegos parecidos com camundongos que enrolavam as asas e corriam pelo solo, insetos gigantes parecidos com nossos grilos. O fato de terem evoluído isoladamente criou espécies que não desenvolveram o instinto de defesa pelo homem. Imagina-se que as moas podiam ser abatidas com um pedaço de pau, pois não se assustavam. A chegada dos maoris a ilha levou os moas a extinção, pois mesmo usando machados de pedra, o saque de seus ninhos, a caça a pé durante períodos longos fez com que a população não mais conseguisse refazer seu equilíbrio populacional. Interessante saber ainda que de quebra com a chegada dos maoris vieram os camundongos que exterminaram outras tantas espécies entre elas os grilos gigantes, e aves menores que também evoluíram sem a presença dos ratos e eram indefesos a seu aparecimento.

A revista Pesquisa - FAPESP em sua edição 08/08/2014 apresenta três espécies de aves que já se pode considerar extinta do Brasil. As primeiras notificadas para o século XXI. Muitas outras virão. A semelhança do passado, o homem age da mesma forma e o mundo deixa de ter  três espécies endêmicas do nordeste Brasileiro.

A reportagem completa esta no link.

 http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/08/ornitologos-documentam-extincao-de-tres-aves-endemicas-nordeste/

Um comentário:

  1. Faz mais de um século e meio. E o desabafo do cacique de Seattle ao presidente americano Francis Pierce tem uma incrível atualidade.
    “O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência”.

    Declaramos guerra à natureza. Agora é arcarmos com as conseqüências dessa luta árdua, que já nos mostra quem será o maior derrotado.

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