Endemismo / Extinção
Vários são os locais onde se
encontram espécies endêmicas e o risco de perdê-las se torna ainda maior devido
ao seu restrito habitat ou sua limitada adaptação a outros locais. As pesquisas
nas diversas ilhas do planeta sejam na Oceania, América Central, Pacífico,
África ou qualquer outra conta a história de como o homem vem destruindo seu
habitat por gerações e exterminando espécies. No livro O Terceiro Chipanzé de
Jared Diamond o autor narra o dramático encontro do homem com as espécies que
habitavam a ilha de Nova Zelândia. O mais conhecido é o extermínio da ave
gigante e herbívora moa, no entanto os fósseis revelam no mínimo mais 18
espécies extintas de aves antes da chegada dos europeus a esta ilha. Dentre as
aves havia uma águia colossal de 14 quilos e capaz de voar. Parece coisa de
filme de ficção. Esta ave foi a mais poderosa ave de rapina do mundo e fazia
parecer um pintinho nossos atuais gaviões e falcões. As demais aves extintas
eram pelicanos, cisnes, corvos gigantes entre outras. Outros fósseis de animais
endêmicos foram encontrados tais como: sapos, outras aves canoras que não
voavam, caramujos gigantes, estranhos morcegos parecidos com camundongos que
enrolavam as asas e corriam pelo solo, insetos gigantes parecidos com nossos
grilos. O fato de terem evoluído isoladamente criou espécies que não desenvolveram
o instinto de defesa pelo homem. Imagina-se que as moas podiam ser abatidas com
um pedaço de pau, pois não se assustavam. A chegada dos maoris a ilha levou os
moas a extinção, pois mesmo usando machados de pedra, o saque de seus ninhos, a
caça a pé durante períodos longos fez com que a população não mais conseguisse
refazer seu equilíbrio populacional. Interessante saber ainda que de quebra com
a chegada dos maoris vieram os camundongos que exterminaram outras tantas
espécies entre elas os grilos gigantes, e aves menores que também evoluíram sem
a presença dos ratos e eram indefesos a seu aparecimento.
A revista Pesquisa - FAPESP em
sua edição 08/08/2014 apresenta três espécies de aves que já se pode considerar
extinta do Brasil. As primeiras notificadas para o século XXI. Muitas outras
virão. A semelhança do passado, o homem age da mesma forma e o mundo deixa de
ter três espécies endêmicas do nordeste
Brasileiro.
A reportagem completa esta no
link.
http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/08/08/ornitologos-documentam-extincao-de-tres-aves-endemicas-nordeste/
Faz mais de um século e meio. E o desabafo do cacique de Seattle ao presidente americano Francis Pierce tem uma incrível atualidade.
ResponderExcluir“O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência”.
Declaramos guerra à natureza. Agora é arcarmos com as conseqüências dessa luta árdua, que já nos mostra quem será o maior derrotado.